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Mais de 600 amputações penianas são realizadas por ano no Brasil

Nos últimos dez anos, o Brasil enfrentou um alarmante número de mais de 6 mil amputações de pênis, com uma média anual que supera 600 casos. Esses dados foram coletados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), através das informações do Ministério da Saúde. A maioria desses procedimentos ocorreu como tratamento para pacientes em estágio avançado de câncer de pênis, representando três em cada dez diagnósticos. Segundo a SBU, medidas preventivas simples, como manter uma boa higiene e receber a vacinação contra o HPV, poderiam evitar muitos desses casos.

O câncer de pênis, quando descoberto precocemente, tem grandes chances de cura e pode ser tratado de maneira menos invasiva. Em estágios iniciais, o tumor geralmente se limita à superfície da pele, sem atingir estruturas mais profundas, permitindo a remoção apenas da área afetada, sem a necessidade de amputar o pênis.

O principal fator causador do câncer peniano é a infecção crônica do prepúcio, que se inicia com uma ferida não cicatrizante, progredindo para úlceras ou lesões graves. A falta de higiene adequada da área genital, permitindo a proliferação de fungos e bactérias, é uma das causas mais comuns. O homem deve fazer a limpeza diária da região durante o banho, incluindo a retração do prepúcio e a lavagem da glande com água e sabão. A fimose, que dificulta a exposição da glande, também aumenta o risco e pode ser tratada cirurgicamente para facilitar a higienização.

Outra causa significativa é a infecção pelo vírus HPV, sexualmente transmissível e responsável por cerca de 9 milhões de infecções no Brasil. Este vírus é conhecido por causar câncer de colo de útero em mulheres. Para prevenção, recomenda-se o uso de preservativos nas relações sexuais e a vacinação contra o HPV, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para jovens de 9 a 14 anos e pessoas imunossuprimidas até 45 anos.

Para evitar diagnósticos tardios e consequentes tratamentos mais invasivos, é vital estar atento aos sintomas e buscar assistência médica imediata ao perceber quaisquer sinais como feridas que não cicatrizam, secreções odoríferas, espessamento ou alteração de cor na pele da glande, e a presença de nódulos na virilha.

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