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No Amazonas existem mais igrejas do que escolas e hospitais

Dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE mostram que país tem 580 mil estabelecimentos religiosos (de todos os tipos). Já o número de instituições de ensino é de 264 mil e de unidades de saúde, 248 mil.

O Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022 trouxe à luz informações surpreendentes sobre a infraestrutura social do país. Segundo os dados divulgados, o Brasil conta com um total de 580 mil estabelecimentos religiosos, superando o número de instituições de ensino e unidades hospitalares, que somam 264 mil e 248 mil, respectivamente.

Este levantamento do IBGE, pela primeira vez na história, incluiu a mapeação das coordenadas geográficas e dos tipos de edificações dos 111 milhões de endereços brasileiros registrados. Os estabelecimentos religiosos, que incluem igrejas, templos, sinagogas e terreiros, representam uma ampla diversidade religiosa.

A relação entre o número de estabelecimentos religiosos e a população é mais acentuada na Região Norte, com 79.650 igrejas nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Isso representa uma média de 459 igrejas para cada 100 mil habitantes, quase o dobro da média nacional. O Acre lidera com 554 igrejas por 100 mil habitantes, seguido por Roraima e Amazonas, ambos com 485. Em contraste, a região Sul apresenta a menor relação, com apenas 226 igrejas para cada 100 mil habitantes.

Além dos estabelecimentos religiosos, educacionais e de saúde, o Censo revelou que a maioria dos endereços no Brasil são domicílios particulares, seguidos por estabelecimentos comerciais e outros com finalidades diversas, como lojas e prédios culturais ou públicos. Os números são os seguintes: 90,6 milhões de domicílios particulares, 11,7 milhões de estabelecimentos de outras finalidades, 4 milhões de estabelecimentos agropecuários, 3,5 milhões de edificações em construção, e 104,5 mil domicílios coletivos.

O IBGE destaca que a precisão desses dados é fundamental para o planejamento urbano e a elaboração de políticas públicas específicas. Com essas informações, é possível mapear áreas afetadas por fenômenos ambientais e otimizar a distribuição de serviços essenciais conforme a densidade demográfica.

Informações adicionais divulgadas anteriormente pelo Censo 2022 incluem: o Brasil possui 203 milhões de habitantes, com um perfil demográfico cada vez mais feminino e idoso; a identificação de 1,3 milhão de pessoas como quilombolas; um aumento de 89% no número de indígenas; e, pela primeira vez, a população se declarando mais parda do que branca, com um crescimento notável na população preta.

Fonte G1.

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