Operação federal revela tentativa de golpe e abala estruturas políticas do Brasil
A Operação da Polícia Federal, deflagrada hoje, 8/2, visa desmantelar um esquema criminoso envolvido em uma tentativa de golpe para derrubar o regime democrático, com o objetivo de manter Jair Bolsonaro (PL) no poder para benefício político. A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, ocorreu em diversos estados como Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outros, e no Distrito Federal.
Aliados próximos do ex-presidente, como Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira, são alvos de mandados de busca e apreensão. Rafael Martins de Oliveira e outros dois foram presos. A operação também alcançou o presidente Bolsonaro, com buscas em sua residência em Angra dos Reis e apreensão do celular de um assessor, Tercio Arnaud Tomaz. Bolsonaro foi instruído a entregar seu passaporte.
Bolsonaro, respondendo às ações, alegou perseguição desde sua saída do governo e pediu para ser esquecido, afirmando que outra pessoa governa o país. Ele se absteve de comentar mais, citando a necessidade de se informar melhor sobre as operações.
Já o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, foi preso pela Polícia Federal por posse ilegal de arma.
A PF está executando 33 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares. As investigações revelaram que o grupo suspeito atuou em núcleos para promover alegações falsas de fraude nas eleições presidenciais de 2022, visando justificar e legitimar uma intervenção militar. Eles propagaram ativamente inseguranças sobre o sistema eleitoral desde 2019, continuando mesmo após os resultados eleitorais.
Além da disseminação de informações falsas, o grupo visou desestabilizar o Estado Democrático de Direito, contando com a colaboração de militares especializados. A Polícia Federal, com o suporte do Exército, está investigando os envolvidos por crimes como formação de organização criminosa e tentativa de golpe.
Felipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro, apelidado de “Sorocabannon” por suas semelhanças com Steve Bannon, foi mencionado em uma delação como envolvido no esquema, incluindo o transporte de documentos golpistas ao presidente. Estas ações, realizadas fora da agenda oficial, são parte da investigação em curso.