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Desvendando mitos sobre medicamentos para emagrecer

Esclarecendo equívocos e fornecendo orientações médicas sobre o uso de remédios para perda de peso

Em um contexto onde 22,4% dos adultos brasileiros estão obesos, com projeções apontando para um aumento para 41% até 2025, a desinformação sobre medicamentos para emagrecer se espalha. Este artigo visa esclarecer os principais mitos, com base em informações médicas confiáveis.

A elegibilidade para o uso de medicamentos para emagrecer é um tópico frequentemente mal interpretado. O endocrinologista Thiago Napoli esclarece que tais medicamentos são adequados principalmente para pessoas com obesidade ou sobrepeso que enfrentam complicações de saúde associadas. A supervisão de um profissional de saúde é vital para determinar a adequação e ajustar as dosagens às necessidades individuais.

Contrariando a noção de que medicamentos como o Ozempic são soluções rápidas para perda de peso, esses remédios devem ser integrados a um plano de saúde mais abrangente. Conforme as orientações do Ministério da Saúde, a eficácia desses medicamentos aumenta significativamente quando combinada com uma dieta saudável e exercícios regulares, ressalta Thiago Napoli.

A dependência de medicamentos para emagrecer é outro mito comum. A endocrinologista Rafaela Fontenele afirma que, apesar de alguns pacientes ganharem peso após interrupção do medicamento, isso não indica vício. Ela enfatiza a importância de manter hábitos alimentares saudáveis ​​e atividade física contínua mesmo após o fim do tratamento médico.

O fenômeno conhecido como efeito sanfona, a oscilação de peso, não está diretamente relacionado ao uso de medicamentos para emagrecer. Thiago Napoli explica que uma perda repentina de peso pode causar uma resposta do organismo para recuperar a gordura perdida, ressaltando que a consistência em uma dieta balanceada e atividade física regular é a chave para evitar tal efeito.

Desfazendo o mito de que os medicamentos para emagrecer são prejudiciais à saúde, Rafaela Fontenele destaca que, quando usados ​​corretamente, são opções seguras e eficazes. O perigo surge quando esses medicamentos são combinados com dietas restritivas, que não fornecem nutrientes essenciais, resultando em problemas de saúde.

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