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Moro comemora resultado favorável do TRE-PR e denuncia tentativas de cassação: ‘oportunismo e retaliação’

O mandato de Moro como senador é confirmado com decisão de 5 a 2 do TRE-PR, enfrentando oposição do PT e PL.

Sergio Moro celebrou o resultado do julgamento pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, que nesta terça-feira, 09/4, votou por 5 a 2 contra a cassação de seu mandato como senador. O ex-juiz qualificou a deliberação como ‘impecável’ e criticou as ações movidas pelo PT e PL, classificando-as como infundadas.

“As ações rejeitadas estavam repletas de mentiras e de teses jurídicas sem o menor respaldo. Queriam criar regras novas e aplicá-las retroativamente para cassar mandatos”, Moro afirmou em coletiva de imprensa.

Para Moro, essas tentativas são vistas como ataques pessoais devido ao seu papel anterior como juiz na Operação Lava-Jato. “No fundo, não passa de oportunismo misturado com retaliação contra o combate a corrupção feito na Operação Lava-Jato. Ainda há um caminho pela frente, mas espero que a solidez desse julgamento siga como freio a perseguição absurda que eu e minha família sofremos”, ele adicionou.

O julgamento, que foi concluído na quarta sessão, viu os votos contrários à cassação dos desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza, Claudia Cristina Cristofani, Guilherme Frederico Hernandes Denz, Anderson Ricardo Fogaça e Sigurd Roberto Bengtsson. Os desembargadores José Rodrigo Sade e Julio Jacob Junior votaram a favor.

Representantes legais do PT e do PL já anunciaram planos de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma cassação por parte do TSE implicaria na realização de novas eleições no Paraná para o cargo de senador, além de possivelmente tornar Moro inelegível por oito anos.

Detalhamento do Julgamento: Em fins de 2021, durante seu período no Podemos e suas atividades de pré-candidatura à Presidência, Moro foi acusado de obter vantagens ilícitas através de investimentos financeiros substanciais, que teriam colocado outros candidatos ao Senado em desvantagem. Segundo a acusação, aproximadamente R$ 2 milhões do Fundo Partidário foram destinados à filiação de Moro ao Podemos e à produção de vídeos promocionais, além de consultorias eleitorais. O PL e o PT acusaram Moro de gastos irregulares de R$ 7 milhões e R$ 21 milhões, respectivamente.

A defesa de Moro contesta as alegações de campanha antecipada e nega qualquer irregularidade, argumentando que sua eleição no Paraná não foi resultado de uma pré-campanha “mais robusta”, conforme alegado pelos partidos opositores.

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