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Entenda o que está acontecendo no Rio Grande do Sul, 56 mortes

Estado sofre com fortes chuvas desde a última terça-feira; El Niño influencia o clima

Desde a última segunda-feira (29), o Rio Grande do Sul enfrenta fortes chuvas que resultaram em um trágico saldo de pelo menos 56 mortes, com dez desses casos ainda sob investigação. O governador Eduardo Leite declarou que este evento pode ser o maior desastre já registrado no estado, superando o ciclone extratropical de setembro do ano passado que deixou 53 vítimas. Mais de 422.307 pessoas foram afetadas, e a situação continua a se agravar.

As chuvas, que atingem volumes acima de 150 milímetros em algumas regiões, são resultado de uma combinação de baixa pressão atmosférica e uma frente fria que trouxe instabilidades significativas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que o tempo severo continuará até o dia 5 de maio, com ventos fortes e mais precipitações que podem superar 100 milímetros, afetando principalmente o norte do Rio Grande do Sul e o sul de Santa Catarina.

O fenômeno El Niño é apontado como um dos responsáveis pelas chuvas intensas, influenciando o aquecimento das águas do Pacífico e afetando os padrões climáticos regionais. Em resposta à crise, o governo estadual decretou estado de calamidade, uma medida que permite solicitar recursos federais para auxílio.

Além disso, o presidente Lula e uma equipe de ministros se reuniram com o governador para coordenar ações de resgate e ajuda, incluindo a mobilização de recursos da Força Aérea Brasileira e a criação de uma Sala de Situação para gerenciar as operações.

Os estragos afetaram significativamente a infraestrutura do estado, com muitas estradas bloqueadas devido a inundações, quedas de pontes e barreiras. Municípios como Porto Alegre, que registrou 174 mm de chuva apenas em maio do ano passado, estão entre os mais impactados. Outras cidades severamente afetadas incluem Aceguá, Alegrete, Cachoeira do Sul, Canoas, e centenas de outras comunidades, totalizando 300 municípios impactados, com milhares de pessoas desabrigadas ou desalojadas.

As fortes chuvas e o estado subsequente de calamidade ressaltam a vulnerabilidade do Rio Grande do Sul a desastres naturais intensificados por fenômenos climáticos globais como o El Niño, exigindo respostas rápidas e eficazes para mitigar o sofrimento da população e restaurar a normalidade na região.

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