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“Não Sou Nada. Nada Mesmo”: as palavras de um pai em luto

Eu queria beijá-lo hoje, agora, muito, mil vezes, porém não tenho a menor possibilidade de fazer isso. É bem explicável: meu filho morreu”, confessa Arthur Virgílio Neto, ex-prefeito de Manaus e ex-senador, ao relembrar seu filho, Arthur Virgílio Bisneto. Em um desabafo tocante compartilhado nas redes sociais, Virgílio Neto fala sobre a imensurável dor da perda e o vazio deixado pela morte de seu filho.

“Ele não pode marcar uma conversa comigo, pela forte razão de estar morto. Não podemos mais conversar com ele, porque, todos sabem, ele faleceu”, continua Virgílio, num tom que transita entre a resignação e a incredulidade. As palavras do ex-senador expressam um sentimento profundo de perda e o desafio de enfrentar a realidade de que seu filho já não está mais entre os vivos.

O luto se mistura com lembranças de momentos compartilhados, como assistir aos jogos do Flamengo e da Seleção Brasileira, que agora são apenas memórias distantes. “Ao fim e ao cabo, ele viajou, nas mãos de um destino áspero para um lugar bem distante”, reflete Virgílio, usando metáforas para descrever a partida de seu filho.

No meio da noite, a realidade da morte de Bisneto se impõe novamente ao coração de um pai. “Quase não durmo… e, logo que acordo, penso que sua morte é uma mentira de péssimo gosto”, revela ele. O ex-senador descreve o sentimento de tormento que sente, comparando sua dor a um maremoto e um tsunami, forças da natureza que, como sua tristeza, são grandes e devastadoras.

Arthur Virgílio Neto se vê agora como um guerreiro gravemente ferido, lutando para encontrar paz e aceitação. “Hoje, confesso, esqueço tudo, nada me interessa, o sorriso é raríssimo. Sinceramente, não sou nada. Nada mesmo!”, conclui, numa expressão crua de sua atual condição emocional e existencial.

Este desabafo público não é apenas uma forma de processar sua própria dor, mas também um testemunho da profunda conexão entre pai e filho.

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