Operação da PF: ação combate crimes ambientais no Amazonas e outros estados
Mandados de busca e apreensão são executados em áreas residenciais de luxo; carros e documentos são confiscados
Desde o início da manhã desta quarta-feira (05), a Polícia Federal tem realizado uma série de operações em Manaus, Amazonas, visando desmantelar uma organização criminosa envolvida em vendas irregulares de créditos de carbono e outros crimes ambientais. A ação, denominada Operação Greenwashing, coincide com o Dia Mundial do Meio Ambiente e marca um esforço para combater a exploração ilegal de recursos na Amazônia Legal.
As operações começaram cedo, com policiais federais visitando locais como o Condomínio Renaissance na Bola das Letras e um luxuoso conjunto residencial no Parque das Laranjeiras. Nestas localidades, foram apreendidas sacolas contendo documentos importantes e vários carros de luxo, evidenciando o alto nível econômico dos envolvidos e a seriedade das acusações.
Os mandados de busca e apreensão fazem parte de uma investigação mais ampla que aponta para uma década de atividades ilícitas, incluindo a falsificação de documentos e grilagem de terras públicas. A investigação revelou que a fraude se estendeu para a região de Apuí/AM e Nova Aripuanã/AM, com emissões ideologicamente falsas por servidores da Secretaria de Terras do Estado do Amazonas (SECT/AM).
Esta operação não se limita a Manaus. Mandados estão sendo cumpridos em diversos estados, incluindo Rondônia, Mato Grosso, Paraná, Ceará e São Paulo, refletindo a abrangência e a gravidade do esquema.
A complexidade dos crimes investigados abrange desde a exploração florestal e pecuária em áreas protegidas até a criação de gado “fantasma” para justificar áreas com restrições ambientais, venda de créditos virtuais de madeira e a obtenção de licenças ambientais fraudulentas.
Até o momento, a operação já resultou na apreensão de mais de um milhão de metros cúbicos de madeira ilegalmente extraída e está estimada em prejuízos de cerca de R$ 606 milhões ao meio ambiente, com ganhos ilícitos que podem superar os R$ 820 milhões para os criminosos.
Mais informações sobre o desenvolvimento desta operação serão divulgadas conforme disponíveis.
Fonte: G1/Rondônia