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Cresce a preocupação na Europa após ameaças do Hezbollah: “totalmente inaceitável”

O grupo libanês ameaça expandir ataques ao Chipre, membro da União Europeia, em meio a intensificação de violência com Israel

O principal diplomata da União Europeia, Josep Borrell, expressou preocupação nesta segunda-feira (24) sobre a possível expansão do conflito no Oriente Médio para o Líbano, após ameaças recentes do Hezbollah, apoiado pelo Irã, de atacar o Chipre, um estado-membro da UE.

“Cada dia que passa, o risco de o conflito atingir o sul do Líbano e se alastrar aumenta”, declarou Borrell a repórteres antes de uma reunião com ministros dos Negócios Estrangeiros em Luxemburgo, alertando sobre a iminência de uma guerra expandida.

Desde o ataque do Hamas em 7 de outubro, que incitou a guerra em Gaza, o Hezbollah iniciou ataques contra Israel. O grupo afirmou que persistirá até que seja alcançado um cessar-fogo em Gaza. Os confrontos intensificaram-se com o Hezbollah alvejando cidades e instalações militares israelenses com foguetes e drones, especialmente após a morte de um alto comandante do grupo por forças israelenses.

Na semana passada, Sayyed Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, ameaçou que “nenhum lugar em Israel estaria seguro se uma guerra total irrompesse entre os dois adversários”, estendendo pela primeira vez as ameaças ao Chipre e outras regiões do Mediterrâneo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Grécia, George Gerapetritis, condenou as ameaças: “É absolutamente inaceitável ameaçar um Estado soberano da União Europeia. Estamos unidos em apoio ao Chipre diante de quaisquer ameaças globais por organizações terroristas”.

Annalena Baerbock, ministra das Relações Exteriores da Alemanha, descreveu a situação entre Israel e Hezbollah como extremamente preocupante e anunciou planos de visitar o Líbano. “Uma nova escalada seria uma catástrofe para as pessoas da região”, afirmou.

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