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PF desmantela rede de tráfico de drogas liderada por Ex-major da PM

Em ação nacional, Polícia Federal mira tráfico internacional com foco em bens de luxo e prisões estratégicas, incluindo operações na Europa.

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (25), a Operação Catrapo II, em seis estados brasileiros — Mato Grosso, Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo e também na Bélgica. Esta operação mira a descapitalização patrimonial e a prisão de membros de uma organização criminosa envolvida na aquisição e no tráfico de grandes quantidades de cocaína, originárias da Bolívia e do Peru, com Mato Grosso servindo como entreposto.

Foram expedidos 13 mandados de busca e apreensão, 15 mandados de sequestro de bens e valores, dois mandados de prisão temporária e um mandado de prisão preventiva. Esta segunda fase da investigação foca no combate ao tráfico internacional de drogas e à lavagem de dinheiro, com a identificação de bens patrimoniais avaliados em cerca de R$ 100 milhões, incluindo aeronaves, imóveis e veículos de luxo.

Durante a primeira fase da Operação Catrapo, deflagrada em julho de 2022, 16 indivíduos foram indiciados e aproximadamente R$ 50 milhões foram apreendidos, junto com 2,1 toneladas de cocaína. A organização mostrou-se altamente estruturada, com capacidade de gerir grandes somas de dinheiro e absorver perdas significativas.

Sérgio Roberto de Carvalho, ex-major da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, conhecido como o “Pablo Escobar brasileiro”, foi identificado como líder do grupo. Acumulou um lucro de R$ 2 bilhões, transportando mais de 45 toneladas de cocaína para a Europa. Suas operações envolviam complexas logísticas de armazenamento e transporte, utilizando aeronaves para transportar a droga da Bolívia e do Peru até o Brasil, para posteriormente exportá-la para a Europa.

A cooperação internacional foi fundamental, permitindo diligências no exterior e o cumprimento de medidas cautelares, incluindo a prisão de Carvalho em Budapeste, Hungria, em 2022. A prisão do líder e a desarticulação de sua rede são consideradas um marco significativo na luta contra o tráfico internacional de drogas. A Polícia Federal continua suas investigações para assegurar a descapitalização total e captura de todos os envolvidos nesta vasta rede criminosa.

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