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Ex-presidente Bolsonaro é indiciado por lavagem de dinheiro envolvendo joias árabes

O inquérito da Polícia Federal também aponta para a associação criminosa de outras 11 pessoas, incluindo membros do governo anterior

A Polícia Federal anunciou o indiciamento de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, por lavagem de dinheiro e associação criminosa relacionados à comercialização de joias árabes recebidas durante seu mandato. No total, 12 pessoas, incluindo Bolsonaro, foram implicadas no caso.

De acordo com investigações da PF, o grupo liderado por Bolsonaro teria se apropriado de joias que foram ofertadas ao governo federal, posteriormente vendendo os itens nos Estados Unidos em junho de 2022.

Entre os indiciados estão o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e os advogados de Bolsonaro, Frederick Wassef e Fábio Wajngarten, além de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal.

As joias foram um presente do governo saudita durante uma viagem oficial em 2019, incluindo um conjunto para a então primeira-dama Michelle Bolsonaro e outro contendo um relógio e abotoaduras para Bolsonaro.

Os itens foram retirados por Albuquerque em 2021, quando a Receita Federal apreendeu um dos estojos destinados a Michelle Bolsonaro. A investigação sugere que houve esforços do grupo para pressionar funcionários da Receita para liberar as joias.

O caso está sob análise do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que encaminhará as descobertas à Procuradoria-Geral da República para decidir se processará o ex-presidente.

Em resposta, o gabinete de Moraes declarou que os documentos sigilosos relacionados ao caso ainda se encontram com a Polícia Federal, aguardando procedimentos adicionais pelo Supremo Tribunal Federal.

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