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Operação policial desarticula rede de lavagem de dinheiro ligada a facção no Norte e Sudeste do Brasil

Em uma ação coordenada, a Polícia Civil prendeu seis suspeitos em Manaus, como parte de um esforço nacional envolvendo cinco estados.

A Polícia Civil do Amazonas, em colaboração com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, realizou nesta terça-feira (9) uma série de prisões como parte da “Operação Rota do Rio 2”. A operação visa desmantelar uma rede acusada de lavar dinheiro para uma notória facção criminosa.

Foram emitidos 26 mandados de prisão em cinco estados, com 16 desses mandados no Amazonas. Em Manaus, seis suspeitos foram capturados, incluindo figuras como o empresário André Luiz Perez Araújo, que opera uma empresa de transporte fluvial, e Raimundo Lima da Silva, dono de uma distribuidora de frios. Também foi preso o policial André Luiz Lessa Maia, além de outros três suspeitos cujas identidades permanecem confidenciais.

Investigações indicam que o grupo estava envolvido no encaminhamento de recursos de atividades criminosas para empresas de fachada, que então ‘lavavam’ o dinheiro antes de enviá-lo de volta à facção. O esquema teria movimentado cerca de R$ 126 milhões em dois anos.

A operação também se estende ao Rio de Janeiro, onde são procurados Caio Cardoso dos Santos e Sílvio Andrade Costa, ambos oriundos do Amazonas e atualmente escondidos no Complexo da Maré. Durante a operação, confrontos foram registrados nas comunidades Parque União e Nova Holanda.

Cleiton Souza da Silva também é um dos focos da operação, acusado de ser um dos principais elos entre traficantes do Rio e do Amazonas, especialmente no abastecimento de drogas nas zonas sul da capital fluminense.

Essa fase da operação segue uma ação anterior onde foi descoberto que traficantes cariocas recebiam drogas de regiões fronteiriças ao Amazonas. O ex-prefeito de Anamã, Raimundo Pinheiro da Silva, foi um dos detidos, acusado de usar seu frigorífico para lavar dinheiro para o Comando Vermelho.

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