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Sem citar provas, Maduro diz que eleições no Brasil não são auditadas

Em comício, presidente venezuelano questionou eleições no Brasil, Estados Unidos e Colômbia. Maduro afirmou que o país dele tem ‘o melhor sistema eleitoral’ do mundo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alegou que as eleições no Brasil não são auditadas, embora não tenha apresentado evidências para sustentar a afirmação. Maduro fez a declaração durante um comício na noite desta terça-feira (23).

Além de criticar o sistema eleitoral brasileiro, Maduro também questionou os processos dos Estados Unidos e da Colômbia, ao mesmo tempo em que defendeu que a Venezuela possui “o melhor sistema eleitoral do mundo”. Ele afirmou: “Temos 16 auditorias […] Em que outra parte do mundo fazem isso? Nos Estados Unidos, é inauditável o sistema eleitoral. No Brasil não auditam um registro. Na Colômbia não auditam nenhum registro.

Durante o comício, Maduro também respondeu indiretamente a uma declaração do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que criticou a perspectiva de Maduro de um “banho de sangue” caso não vencesse as eleições. Lula afirmou que, ao perder, um candidato deve se retirar e se preparar para a próxima eleição. Maduro respondeu que “quem se assustou que tome um chá de camomila”, reforçando que sua vitória será histórica.

O Itamaraty optou por não comentar a provocação de Maduro, mas nos bastidores há uma percepção de que o presidente venezuelano está demonstrando sinais de fraqueza. Um diplomata questionou: “Você já viu candidato ganhador com essa atitude na véspera de eleição?

“Na Venezuela, as eleições estão marcadas para domingo (28) e são realizadas com a desconfiança internacional sobre a integridade do processo. O principal adversário de Maduro, Edmundo González, foi escolhido pela Plataforma Democrática Unitária (PUD), após a candidata Corina Yoris ser barrada de concorrer. A PUD alegou que Yoris não teve acesso ao sistema de inscrição, o que foi apoiado pelo governo brasileiro, enquanto o regime de Maduro acusou o Brasil de seguir a linha dos EUA.

Além disso, a opositora María Corina Machado, uma das principais concorrentes de Maduro, foi excluída da corrida eleitoral pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo chavista. O governo Maduro e a oposição assinaram o Acordo de Barbados em outubro de 2023, prometendo eleições democráticas no país.

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