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Lula nomeia Gabriel Galípolo como novo presidente do Banco Central

Substituindo Campos Neto, Galípolo assume em meio a desafios econômicos significativos

Em uma movimentação chave para a gestão do Banco Central, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Gabriel Galípolo para presidir a autoridade monetária. A nomeação ocorreu nesta quarta-feira, 28 de agosto de 2024, e foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Atual diretor de Política Monetária do Banco Central desde 12 de julho de 2023, Galípolo, aos 42 anos, sucede Roberto Campos Neto, crítico frequentemente pelo atual governo.

A escolha de Galípolo, próxima ao ministro Haddad, é estratégica, marcando o como o segundo presidente sob a lei de autonomia operacional do Banco Central. A nomeação ainda precisa ser aprovada pelo Senado, onde o ministro Haddad já articula com o presidente da casa, Rodrigo Pacheco, para definir uma data para a sabatina.

A gestão de Galípolo no Banco Central será marcada por grandes desafios, especialmente no controle da inflação, que recentemente alcançou o teto da meta anual em 4,5%, com expectativas de mercado ainda desalinhadas. Além disso, enfrentará a pressão constante para conciliar as exigências do governo de redução dos juros com a credibilidade necessária perante o mercado financeiro. Sua atuação já tem mostrado sinais de uma gestão rigorosa, evidenciada pela unanimidade nas últimas votações do Banco Central.

Esse período também coincide com movimentos econômicos globais, como os esperados cortes de juros pelo Federal Reserve, que podem influenciar positivamente a economia brasileira. O cenário doméstico, contudo, é complicado por medidas fiscais questionáveis, como o aumento dos gastos com o Auxílio Gás e manobras contábeis que evitam o registro de novas despesas.

Galípolo, comparado por alguns ao ex-presidente do Banco Central Alexandre Tombini, tem mostrado um perfil mais assertivo que seu antecessor, Campos Neto, destacando-se em suas recentes posições firmes em relação à política monetária. Sua proximidade com o presidente Lula pode ser decisiva na orientação futura das taxas de juros, uma flexibilidade que Campos Neto não teve durante seu mandato.

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