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Ofensiva do Irã contra Israel pode intensificar conflitos no Oriente Médio

Escalada de tensão entre potências regionais preocupa a comunidade internacional

A crescente tensão entre Irã e Israel pode alterar significativamente o cenário de conflitos no Oriente Médio. De um lado, Israel, uma das maiores potências militares do mundo, possui 177 mil soldados na ativa e um sofisticado sistema de inteligência, além do Domo de Ferro, tecnologia antimísseis que intercepta cerca de 90% dos ataques. Apesar de não ter confirmado oficialmente, o país é considerado detentor de pelo menos 90 ogivas nucleares.

Do outro lado, o Irã apresenta um dos exércitos mais bem treinados da região e possui milhares de mísseis e drones explosivos de longo alcance, capazes de cobrir distâncias de até 2 mil quilômetros. Embora seu programa nuclear esteja em desenvolvimento, o país não possui armas atômicas confirmadas.

A professora de política internacional, Natália Calfat, alerta sobre o potencial destrutivo dessa escalada. “A intensidade dos ataques e a abrangência geográfica preocupam, o que torna essa situação perigosa para o mundo todo”, afirma. Ela também menciona a aliança do Irã com grupos como Hezbollah, Hamas e os Houthis, que podem organizar ataques coordenados contra Israel.

Enquanto o Irã passa por uma turbulência política interna, com a recente morte do presidente Ebrahim Raisi, e enfrenta uma crise econômica que remonta às sanções dos EUA desde os anos 2000, o país parece demonstrar cautela em não provocar uma guerra direta, como explica a especialista: “Existe um pragmatismo dentro do regime para evitar a deflagração de uma guerra total”.

Esse equilíbrio frágil pode ter consequências significativas para a estabilidade na região e no cenário geopolítico mundial, e a comunidade internacional observa de perto os desdobramentos desse confronto potencialmente devastador.

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