Operação da Polícia Federal desmantela esquema de corrupção eleitoral Ligado a ex-membros do Governo do Amazonas
Ação da PF cumpre mandatos em endereços de ex-secretários investigados para interferência nas eleições em Parintins
Nesta quinta-feira (03/10), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação em Manaus e Parintins com o objetivo de desarticular um esquema de corrupção eleitoral que envolvia ex-integrantes da alta cúpula do governo do Amazonas. Foram cumpridos cinco mandatos de busca e apreensão em endereços relacionados aos ex-secretários Fabrício Rogério Cyrino Barbosa e Marcos Apolo Muniz de Araújo, ao ex-diretor da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), Armando do Vale, e aos dois oficiais da Polícia Militar , o tenente-coronel Jackson Ribeiro dos Santos e o capitão Guilherme Navarro Barbosa Martins.
Os investigados foram denunciados pela coligação do candidato Mateus Assayag (PSD), que os acusava de conspirar para favorecer a candidatura adversária de Brena Dianná (UB) nas eleições municipais de Parintins. A denúncia foi reforçada com um vídeo, em que os suspeitos apareceram segundo em uma reunião estratégica que, as investigações, visavam manipular o resultado do pleito. A operação, denominada “Tupinambarana Liberta”, envolve cerca de 50 policiais federais e tem como foco crimes como associação criminosa, corrupção eleitoral e interferência da justiça eleitoral.
A PF informou que o grupo criminoso, composto por membros do governo e agentes públicos, utilizaria uma estrutura estatal, incluindo as forças de segurança, para beneficiar a candidatura de Brena Dianná. Além dos mandatos de busca, a Justiça determinou que os acusados não possam entrar em Parintins nem manter contato com coligações políticas locais.
Além de garantir a lisura do processo eleitoral, a PF também reforçou o contingente policial em Parintins, garantindo que a população possa votar livremente sem qualquer tipo de intimidação ou influência ilegal.
Exonerações ocorridas no dia anterior (02/10)
Na quarta-feira, o governador Wilson Lima exonerou os ex-secretários e oficiais da Polícia Militar que estavam sendo investigados no caso. A decisão foi motivada por um vídeo divulgado pela coligação de Mateus Assayag, no qual os envolvidos apareceram em uma reunião com suspeita de influência sobre o resultado das eleições.
A exoneração de Fabrício Rogério Cyrino Barbosa, Marcos Apolo Muniz de Araújo, Armando do Vale, e dos oficiais Jackson Ribeiro dos Santos e Guilherme Navarro Barbosa Martins ocorreu após recomendação do Ministério Público do Estado (MPAM). O governo estadual reforçou que o afastamento tem como objetivo garantir a imparcialidade das investigações e que, caso os envolvidos sejam considerados inocentes, poderão devolver às suas cargas.
Estas medidas fazem parte de uma série de ações tomadas para garantir a integridade do processo eleitoral em Parintins, evitando qualquer tipo de manipulação ou interferência indevida.