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Horário de Verão pode voltar em 2025, anuncia governo

Ministro de Minas e Energia descarta retorno da medida para este ano, mas considera possibilidade para o próximo ano

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira (16) que o governo decidiu não retomar o horário de verão em 2024. A medida, que foi amplamente discutida ao longo do ano devido à crise hídrica, segue como uma possibilidade para 2025, dependendo de uma nova avaliação das condições energéticas do país.

“Fizemos uma análise criteriosa sobre a necessidade do horário de verão. Hoje, em reunião com a ANS, concluímos que não há necessidade de aplicá-lo neste ano”, afirmou Silveira durante coletiva de imprensa. Segundo ele, a decisão foi baseada na estabilidade dos reservatórios e nas medidas já adotadas para garantir a segurança energética, mesmo diante da maior seca registrada desde 1950.

De acordo com o ministro, o horário de verão, que tinha como principal objetivo reduzir o consumo no horário de ponta por meio do aproveitamento da luz natural, poderia contribuir para a eficiência energética do Sistema Interligado Nacional (SIN), especialmente entre 18h e 20h. Contudo, ele reiterou que outras ações já vêm sendo tomadas para aumentar a confiabilidade do sistema.

Em setembro, uma nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicou que a volta do horário de verão poderia ajudar a aliviar a pressão sobre o sistema. Entretanto, Silveira afirmou que a decisão sobre a retomada da medida este ano foi exclusivamente técnica, sem interferências políticas: “A decisão não é do governo, é do ministro de Minas e Energia. Fico com o ônus da decisão”, destacou.

O ministro também ressaltou que discutiu a situação com setores empresariais, como as companhias aéreas, que afirmaram precisar de ao menos seis meses para se adaptar a eventuais mudanças no horário. Em entrevista no mês passado, o CEO da Azul, John Rodgerson, também alertou que o retorno da política impactaria o planejamento de voos, necessitando de um prazo adequado para reprogramação.

Apesar da decisão, Silveira manteve em aberto a possibilidade de retorno do horário de verão nos próximos anos, caso haja necessidade e as condições energéticas assim exijam. “Não é uma decisão política, é uma decisão técnica. No Brasil, o horário de verão tem um condão que depende da eficiência e da segurança energética. Continuaremos monitorando a situação para tomar as medidas necessárias”, concluiu o ministro.

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