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Javier Milei acusa Nicolás Maduro de “sequestro ilegal” de policial Argentino

Presidente argentino exige libertação de agente detido na Venezuela e endurece discurso contra Maduro.

O presidente da Argentina, Javier Milei, elevou o tom contra o líder venezuelano Nicolás Maduro, chamando-o de “ditador criminoso” e denunciando o que considera um “sequestro ilegal” do policial argentino Nahuel Ignácio Gallo. A declaração foi feita durante a cerimônia de formatura do Colégio Militar em Buenos Aires, na terça-feira, 17 de dezembro de 2024.

Milei condenou a detenção de Gallo, que foi preso após visitar sua mulher e seu filho na Venezuela. O líder argentino declarou que a Argentina “esgotará todas as vias diplomáticas” para garantir o retorno do policial. “Exigimos sua libertação imediata. Este ato arbitrário não será tolerado”, afirmou.

Prisão na Fronteira e acusações de espionagem

Nahuel Gallo, cabo da Gendarmeria Nacional Argentina, cruzou a fronteira entre Colômbia e Venezuela no dia 8 de dezembro pela ponte próxima à cidade colombiana de Cúcuta. Ele se dirigia à cidade venezuelana de Táchira para visitar a família. No entanto, foi preso pelas autoridades venezuelanas, sob a alegação de espionagem, e levado para um local desconhecido.

O Ministério da Segurança da Argentina emitiu nota denunciando a prisão como uma violação dos direitos fundamentais do policial. Segundo o governo argentino, Gallo foi detido “imediatamente e sem justificativa”. A nota reforçou que o país não tolerará atos contrários à dignidade humana e à liberdade individual.

Tensões crescentes entre Argentina e Venezuela

O incidente agrava ainda mais as relações entre os dois países, já estremecidas desde que Milei se recusou a reconhecer a vitória de Maduro nas eleições presidenciais venezuelanas de julho. Na ocasião, Milei questionou a legitimidade do pleito e declarou apoio a González Urrutia, que liderava pesquisas de intenção de voto.

O caso também trouxe à tona relatos da esposa de Gallo, María Gómez, que afirmou ter relatado ao marido a crise enfrentada pela Venezuela antes de sua prisão. Ela relatou que perdeu contato com Gallo em 8 de dezembro e lamentou o confisco de seu celular pelas autoridades venezuelanas.

Repercussões diplomáticas e internacionais

O governo argentino informou que buscará apoio de órgãos internacionais para pressionar pela libertação de Gallo. O episódio reforça as tensões diplomáticas entre os governos de Buenos Aires e Caracas, marcadas por discordâncias ideológicas e políticas.

O desfecho do caso será acompanhado de perto, já que pode trazer implicações significativas para as relações diplomáticas na América Latina.

Leia a nota:

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