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Collor afirma que vai se entregar após ordem de prisão do STF

Ex-presidente foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em esquema na BR Distribuidora

Após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou sua prisão imediata nesta quinta-feira (24/4), o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello informou, por meio de sua defesa, que irá se apresentar voluntariamente à Justiça.

A medida foi tomada após o STF rejeitar, por decisão monocrática de Moraes, um segundo recurso da defesa contra a condenação de Collor, que envolve sua participação em um esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro ligado à antiga BR Distribuidora, atualmente chamada de Vibra.

Segundo a decisão judicial, Collor teria recebido cerca de R$ 20 milhões, com apoio dos empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, para facilitar a assinatura de contratos entre a BR Distribuidora e a empresa UTC Engenharia. O valor teria sido pago como contrapartida ao apoio político oferecido por Collor para a indicação de diretores da estatal.

Com a condenação mantida, o ex-presidente deverá cumprir pena de 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado.

Em nota, os advogados de Collor expressaram surpresa com a decisão, destacando que ainda não houve manifestação da Corte sobre a alegada prescrição do caso. A defesa também criticou o fato de o recurso ter sido julgado individualmente, quando, segundo eles, o assunto deveria ter sido debatido no Plenário, que já havia agendado uma sessão extraordinária para o dia seguinte.

Apesar das críticas, a defesa confirmou que Collor irá se apresentar para o cumprimento da ordem judicial.

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