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Nana Caymmi morre aos 84 anos e deixa legado imortal na música brasileira

Cantora estava internada desde agosto para tratar complicações de saúde; seu estado já era delicado desde 2023

A música brasileira se despede nesta quinta-feira (1º) de uma de suas vozes mais emblemáticas. Aos 84 anos, faleceu no Rio de Janeiro a cantora Nana Caymmi, internada desde agosto de 2024 na Clínica São José, em Botafogo, para o tratamento de uma arritmia cardíaca. A causa exata da morte ainda não foi informada oficialmente, mas há meses seu estado de saúde era motivo de preocupação.

Filha de Dorival Caymmi e Stella Maris, Nana era herdeira de uma linhagem musical histórica. Desde julho do ano passado, vinha enfrentando complicações clínicas que levaram a três internações. Em fevereiro deste ano, o irmão Danilo Caymmi revelou que a cantora vivia um quadro de saúde muito delicado, agravado pela obesidade. Nana completou 84 anos na última terça-feira (29), recebendo homenagens de fãs e amigos.

Nascida Dinahir Tostes Caymmi, no Rio de Janeiro, em 1941, ela se destacou não apenas por sua voz poderosa e interpretação singular, mas também por sua personalidade marcante. Foi inspiração de seu pai na canção “Acalanto” e teve relações marcantes com nomes como Gilberto Gil e João Donato.

Em 1973, numa entrevista ao jornal O Globo, afirmou com sinceridade: “Nana Caymmi é uma senhora neurótica. Venho de uma família de dois compositores e dois intérpretes que muito me orgulham, onde a música é mais nossa vida que nosso ganha-pão.”

Ao longo da carreira, Nana passeou por diversos estilos, como o bolero e a MPB do Clube da Esquina, deixando eternizadas faixas como “Não Se Esqueça de Mim”, “Suave Veneno” e “Resposta ao Tempo”. Sua trajetória permanece como referência essencial na história da música brasileira.

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