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“Haddad é um extraordinário ministro da Defesa”, causou polêmica a fala do presidente Lula ao errar a pasta do ministro da Fazenda

Em visita à Suíça, Lula destaca esforços de Haddad na compensação da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira, em Genebra, na Suíça, a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamando-o de “um extraordinário ministro”. A defesa veio em meio a críticas de setores econômicos devido à alta do dólar e ao descontentamento com o plano de ajuste fiscal proposto pelo Ministério da Fazenda.

Lula ressaltou que é comum o ministro da Fazenda estar no centro dos debates, tanto em momentos de sucesso quanto em períodos desafiadores. “Todo ministro da Fazenda, desde que me entendo por gente, vira o centro dos debates quando a coisa dá certo e quando não dá”, afirmou.

A controvérsia recente envolve uma medida provisória (MP) apresentada por Haddad, que tratava do PIS/Cofins e buscava compensar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores. Esta medida, entretanto, enfrentou resistência devido à utilização de créditos tributários e de contribuição da seguridade social, o que foi percebido por alguns setores como uma redução de seus benefícios.

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, devolveu parte da MP, refletindo as tensões entre o governo e o setor econômico, que acusou o governo de falta de diálogo e aumento da insegurança jurídica.

Diante do impasse e sob a pressão de um prazo estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal, que determina que até 17 de julho Congresso e governo cheguem a um acordo sobre a desoneração, Lula sublinhou os esforços de Haddad. “O Haddad tentou ajudar os empresários construindo uma alternativa à desoneração feita para os 17 grupos”, declarou o presidente, enfatizando a disposição para encontrar soluções.

Por fim, Haddad, ainda em Brasília, reiterou o compromisso da sua pasta em apoiar o Senado na busca por alternativas, prometendo novas propostas para a próxima semana. “Vamos chegar a um denominador rápido (para compensar a desoneração)”, concluiu Haddad.

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