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Situação de Bolsonaro preocupa aliados, que adotam cautela nas declarações

Frente a possíveis novos indiciamentos, grupo de Lula opta por discurso contido e defesa da presunção de inocência

Diante da iminência de novos indiciamentos de Jair Bolsonaro, aliados de Luiz Inácio Lula da Silva percebem um comportamento mais reservado do ex-presidente, considerando-o pressionado pelas sucessivas investigações. A orientação entre os governistas, no entanto, é suavizar as críticas a Bolsonaro.

Fontes do cenário jurídico próximas ao governo e ao PT destacam a importância de adotar um discurso prudente frente às acusações, enfatizando a presunção de inocência como base da narrativa.

A estratégia recomendada aos membros do governo inclui uma postura de defesa ao direito de Bolsonaro apresentar sua defesa. Advogados com influência no governo observam que Bolsonaro tem optado por respostas menos visíveis aos questionamentos judiciais, refletindo uma estratégia de menor exposição.

O posicionamento reservado de Bolsonaro surge em resposta ao relatório recente da Polícia Federal sobre o caso das joias, o qual minou várias linhas de sua defesa prévia. Antes da publicação do relatório, a defesa de Bolsonaro sugeriu que as negociações das joias foram ações isoladas de terceiros, como Mauro Cid, sem o conhecimento do ex-presidente.

O documento policial revela que Bolsonaro estava ciente e discutiu sobre o leilão de um dos presentes recebidos, além de indicar que ele teria recebido valores em dinheiro pela venda das joias.

Recentemente, a defesa de Bolsonaro solicitou novamente acesso aos autos do processo, mas há uma expectativa de que o Supremo Tribunal Federal possa negar o pedido, considerando o risco de interferência nas investigações em andamento contra o ex-presidente.

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