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Aquisição da Amazonas Energia por empresa dos irmãos Batista recebe aval da Aneel

Âmbar Energia, do grupo J&F, encaminha formalização para compra da distribuidora beneficiada por recente medida provisória do governo.

A Âmbar Energia, pertencente ao Grupo J&F, oficializou no dia 28 de junho o plano de transferência de controle da Amazonas Energia, que recentemente se beneficiou de uma medida provisória do governo de Lula. O plano de aquisição da distribuidora foi entregue à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e envolve os fundos Futura Venture e Fundo Milão, ambos parte da J&F. Segundo a Âmbar Energia, o plano representa uma condição regulatória essencial, embora não obrigue a concretização do negócio. A situação complexa da Amazonas Energia está sendo analisada com maior profundidade pela empresa.

Em meio a uma crise financeira, a distribuidora do Amazonas foi recomendada pela Aneel a ter seu contrato cassado pelo Ministério de Minas e Energia. Em junho, foi promulgada uma medida provisória alterando as regras para distribuidoras em dificuldades financeiras, favorecendo diretamente a Amazonas Energia. Além disso, a medida beneficiou termelétricas da Eletrobras, recém-adquiridas pelo grupo J&F. A Âmbar refutou especulações sobre a MP e suas negociações, enfatizando que nunca discutiu o assunto com o Ministério de Minas e Energia. Após a edição da MP, a intenção de aquisição foi formalizada junto à Aneel.

Segundo fontes do g1, a MP pode resultar em um custo anual de R$ 500 milhões, financiado pela Conta de Consumo de Combustíveis, impactando financeiramente todos os consumidores na conta de luz.

Histórico de Controvérsias dos Irmãos Batista

É importante lembrar que os irmãos Wesley e Joesley Batista, controladores do Grupo J&F, têm um histórico de envolvimento em grandes escândalos de corrupção. Eles se tornaram conhecidos nacionalmente ao fazerem delação premiada durante o escândalo da Lava Jato, acusando figuras de alto escalão, incluindo o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, encontram-se novamente em uma posição próxima ao governo, destacando a complexa relação entre grandes corporações e o poder político no Brasil.

Fontes:

As informações foram baseadas em relatórios da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e notícias publicadas pelo Estadão e GloboNews.

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