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Venezuela rompe relações diplomáticas e expulsa Diplomatas de sete países

Após contestação dos resultados eleitorais, Venezuela anuncia expulsão de diplomatas de Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai

O governo venezuelano decidiu retirar seus diplomatas de sete países que expressaram dúvidas sobre a legitimidade das recentes eleições presidenciais. Esses países também foram instruídos a retirar seus representantes diplomáticos da Venezuela, marcando uma ruptura significativa nas relações.

Em um comunicado oficial emitido por Yvan Gil, Ministro das Relações Exteriores, a Venezuela descreveu a ação desses países como um ataque à sua soberania nacional. “Em resposta a este precedente prejudicial, a Venezuela resolve retirar seus corpos diplomáticos das missões na Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai”, afirmou o comunicado.

O Ministério das Relações Exteriores também criticou duramente os países por suas posições, acusando-os de interferência e alinhamento com posturas descritas como fascistas, subordinadas a Washington.

O descontentamento com a Venezuela aumentou após a declaração conjunta desses países na noite de domingo, exigindo mais transparência na contagem dos votos das eleições, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral anunciou a reeleição de Nicolás Maduro com 51% dos votos, sem fornecer detalhes completos como a distribuição dos votos por estado.

A oposição venezuelana, que alega ter obtido 40% das atas eleitorais mostrando uma vitória para seu candidato, Edmundo Gonzalez, protestou contra a falta de acesso público a esses documentos, conforme garantido por lei.

Leia o comunicado:

Comunicado

A República Bolivariana da Venezuela expressa seu mais firme repúdio diante das ações intervencionistas e declarações de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e comprometidos com os mais sórdidos postulados ideológicos do fascismo internacional, tentando reeditar o fracassado cenário de não reconhecimento dos resultados eleitorais das Eleições Presidenciais realizadas no domingo, 28 de julho de 2024, as quais confirmaram a vitória de Nicolás Maduro Moros como Presidente da República Bolivariana da Venezuela para um novo Período Constitucional 2025 – 2031.

O Governo da República Bolivariana da Venezuela, diante deste nefasto precedente que atenta contra nossa soberania nacional, decide retirar o respaldo diplomático dos países que são: Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai, ao mesmo tempo que exige a estes governos a retirada de maneira imediata de seus representantes em território venezuelano.

Assim mesmo, o Governo da República Bolivariana da Venezuela se reserva todas as ações legais e políticas para fazer respeitar, preservar e defender nosso direito inalienável à autodeterminação.

O Governo Bolivariano enfrentará todas as ações que ameacem contra o clima de paz e a convivência que tantos esforços têm demandado do povo venezuelano, pelo qual somos contrários a todos os pronunciamentos intervencionistas e de assédio com os quais, de forma reiterada, se tenta desconhecer a vontade do Povo Venezuelano.

Caracas, 29 de julho de 2024.

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