Israel intensifica ofensiva contra Hezbollah, provocando fuga em massa no Líbano; mais de 270 mortos
As Forças de Defesa de Israel (IDF) ampliaram na segunda-feira uma série de ataques aéreos contra o Hezbollah, atingindo alvos estratégicos no sul do Líbano. Os bombardeios, que mataram ao menos 274 pessoas e deixaram mais de mil feridos, conforme relatado pelas autoridades de Beirute, fazem parte de uma escalada na campanha israelense para neutralizar o grupo militante apoiado pelo Irã. A IDF alertou a população civil libanesa para evacuar áreas onde o Hezbollah supostamente armazena mísseis e outros armamentos.
De acordo com o comando militar israelense, as operações têm como alvo casas onde “foguetes, drones e mísseis” foram ocultados. A população do Vale de Beqaa, região onde o Hezbollah mantém grande parte de seu arsenal, foi instada a deixar suas residências. Enquanto isso, o grupo militante respondeu com uma série de ataques com foguetes, atingindo o norte de Israel e até mesmo localidades próximas a Tel Aviv.
Nos últimos dias, o Hezbollah intensificou seus bombardeios, disparando mais de 150 foguetes contra o território israelense, marcando uma das ofensivas mais intensas desde o início dos combates em outubro do ano passado. O conflito tem gerado um grande deslocamento de civis libaneses, com milhares de pessoas fugindo de suas casas em busca de segurança.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram congestionamentos nas estradas e cenas de pânico, à medida que famílias tentam escapar dos ataques aéreos. Em Sidon, uma das maiores cidades litorâneas do Líbano, as vias principais estão abarrotadas de veículos em direção ao norte.
Falando de uma sala de operações subterrânea em Tel Aviv, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que o país está “mudando o equilíbrio de poder” com o Hezbollah, reforçando que as operações militares têm como objetivo eliminar a infraestrutura militar do grupo.
“Não esperamos que a ameaça nos atinja, estamos nos antecipando. Em qualquer lugar, a qualquer momento”, declarou Netanyahu, reiterando o compromisso de Israel em proteger sua população e destruir os arsenais de mísseis do Hezbollah.
No Líbano, o Ministério da Saúde pediu que os hospitais na região sul e no Vale de Beqaa adiem procedimentos não urgentes para estarem preparados para o atendimento de feridos nos bombardeios. O governo libanês também contestou os avisos de evacuação emitidos por Israel, chamando-os de “guerra psicológica”.
O conflito, que já dura quase um ano, ameaça escalar para um confronto ainda maior, com a IDF expandindo suas operações e o Hezbollah mantendo sua promessa de continuar os ataques enquanto não houver cessar-fogo em Gaza.