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Governo Venezuelano suspende canal Alemão Deutsche Welle após acusações de corrupção

Presidente Maduro Critica o Canal por Espalhar ódio e chama a mídia de “Nazista”

O canal de televisão alemão Deutsche Welle foi retirado das redes de todas as Tvs a cabo na Venezuela, conforme anunciado por Freddy Ñáñez, Ministro da Comunicação e Informação do país nessa segunda-feira, 04/3. A decisão foi motivada por uma reportagem do canal que descreve a Venezuela como altamente corrupta, baseada em informações da Transparência Internacional. A ação foi efetivada imediatamente após a transmissão do conteúdo.

A reportagem em questão, realizada pelo jornalista Ernesto Fuenmayor, expôs a existência de uma rede criminosa conhecida como Cartel dos Sóis, envolvendo altos militares e políticos. O relatório foi criticado por Ñáñez, que acusou a Deutsche Welle de promover ódio e difamação contra a Venezuela, destacando a pobreza do conteúdo apresentado.

O presidente Nicolás Maduro, em seu programa televisivo, reforçou as críticas ao canal, acusando-o de ser partidário e de distorcer a realidade venezuelana. Esta não é a primeira vez que a Venezuela toma medidas contra meios de comunicação internacionais, com emissoras como a CNN em Espanhol e a Rádio Caracol já tendo sido expulsas anteriormente.

O Colégio Nacional de Jornalistas da Venezuela expressou descontentamento com a medida, reiterando a importância da liberdade de imprensa para a democracia. Nos últimos anos, o governo Maduro tem sido rigoroso com meios de comunicação que expressam críticas, fechando várias estações de rádio no país.

Paralelamente, o cenário político venezuelano enfrenta tensões, com a detenção de opositores e a exclusão de figuras proeminentes da oposição, como María Corina Machado, das eleições presidenciais. O governo também enfrenta desafios no cenário internacional, com os Estados Unidos expressando decepção com as recentes ações do governo, o que pode levar à não renovação de licenças específicas relacionadas a sanções ao ouro e ao petróleo.

Fonte: El PAÍS

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