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Ministro Rui Costa, expressa insatisfação com gestão atual da PF

Acusado em colaboração premiada de desvios na aquisição de respiradores na Bahia, o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, contesta a condução do inquérito pela Polícia Federal

Citado em uma colaboração premiada que o associa a supostos desvios de verbas na aquisição de respiradores durante a pandemia, conforme reportado pelo jornalista Aguirre Talento, o Ministro da Casa Civil, Rui Costa, manifesta descontentamento com a investigação iniciada em 2020. Desde o começo da gestão, Costa tem comunicado seu desagrado em relação ao inquérito aos líderes do Ministério da Justiça, Flávio Dino e Ricardo Lewandowski, relembrando sua atuação como governador da Bahia e presidente do Consórcio Nordeste.

A insatisfação de Rui Costa se intensifica com a postura do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, a quem critica por negligenciar o tratamento do caso, que tramita na Superintendência da PF na Bahia. Costa julga a investigação como injusta e parcial contra si.Em meio a um contexto de tensão entre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sob a liderança de Costa, e a Polícia Federal, o ministro tentou, sem sucesso, enfraquecer a posição de Andrei Rodrigues perante o presidente Lula, interpretando-se essa ação como uma resposta direta às investigações dos respiradores.

A colaboração premiada em questão foi realizada por Cristiana Prestes Taddeo, proprietária da Hempcare. Taddeo, responsável por um contrato de R$ 48 milhões para a importação de 300 respiradores da China, falhou na entrega dos equipamentos. O acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2022 resultou na devolução de R$ 10 milhões ao erário.

Em sua defesa, Taddeo mencionou que a contratação de sua empresa teve como intermediário um empresário próximo a Rui Costa e à sua esposa, Aline Peixoto, afirmando que houve a cobrança de comissões de R$ 11 milhões no processo.

Contrapondo as acusações, a assessoria de Rui Costa emitiu uma nota negando qualquer irregularidade, destacando a abertura de uma investigação pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia sobre o desvio dos fundos destinados à compra dos respiradores, o que resultou na prisão dos responsáveis por ordem judicial.

A nota enfatiza que não houve qualquer contato de Costa com intermediários na negociação pelos respiradores, ressaltando que durante a pandemia, assim como em outras partes do mundo, era comum a realização de compras emergenciais com pagamento adiantado.

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