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Corrida pelo lítio: China e Rússia fortalecem laços com Bolívia

Expansão da cooperação visa acessar maiores reservas de lítio do mundo

Recentemente, a China e a Rússia intensificaram esforços para aprofundar relações com a Bolívia, destacados pela visita da chanceler boliviana, Celinda Sosa Lunda, a esses países. A Bolívia, conhecida por possuir as maiores reservas mundiais de lítio, mineral chave para a fabricação de baterias de alta performance tem sido ponto de interesse estratégico para ambas as nações.

Durante a visita da chanceler a Pequim, que concluiu na última terça-feira, a discussão focou no fortalecimento geopolítico contra a influência americana, além da potencial inclusão da Bolívia no grupo dos Brics, que já conta com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O interesse da China no lítio Boliviano cresceu após a eleição de Javier Milei na Argentina, um crítico de regimes de esquerda, que recusou a entrada de seu país nos Brics. A Argentina possui a segunda maior reserva confirmada de lítio, com 22 milhões de toneladas, atrás somente da Bolívia.

No ano passado, a China, através da Citic Guoan, e a Rússia, por meio da Uranium One Group, firmaram parceria com a estatal Yacimientos de Litio Bolivianos para explorar as vastas reservas de lítio no país, prometendo investimentos significativos.

Além disso, a Bolívia participa do ambicioso programa chinês, a Nova Rota da Seda, que já resultou em grandes projetos de infraestrutura no país, incluindo a construção de uma rodovia estratégica de 160 km.

“China e Bolívia têm objetivos comuns de opor-se à hegemonia e defender o equilíbrio global”, declarou o chanceler chinês Wang Yi, reforçando a aliança estratégica entre os países.

Fonte: CNN Brasil

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