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Polícia Civil do Amazonas divulga resultados do inquérito da operação Mandrágora

Prisão de pessoas envolvidas em crimes que incluem tráfico de drogas e tortura com resultado morte

A Polícia Civil do Amazonas, operando pelo 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), finalizou o Inquérito Policial da Operação Mandrágora, que investigou uma seita religiosa acusada de promover o uso da cetamina, entre outras substâncias. A investigação começou após a morte de Djidja Cardoso, 32 anos, em 28 de maio, decorrente do abuso desses entorpecentes.

O delegado Cícero Túlio, em uma coletiva de imprensa, esclareceu que uma seita foi dirigida pela família Cardoso, que incentivou funcionários de uma rede de salões de beleza a consumir drogas de uso veterinário. Além do tráfico de drogas, os membros foram detidos por tortura resultando em morte e mais 12 delitos.

Durante as investigações, foi revelado que Cleusimar Cardoso, Ademar Cardoso, e Djidja Cardoso, juntamente com Bruno Rodrigues, ex-namorado de Djidja, e alguns funcionários, organizaram cultos religiosos que incluíam o uso dessa substância. O grupo também planeja estabelecer uma clínica veterinária para facilitar o acesso a medicamentos controlados e fundar uma comunidade para continuar suas práticas doutrinárias.

Cícero Túlio detalhou o envolvimento de Hatus Silveira como intermediário entre os Cardoso e os fornecedores dos medicamentos, destacando-se José Máximo, Sávio e Roberleno. Além disso, em uma situação chocante, Djidja foi vítima de tortura por parte de sua mãe, Cleusimar, resultando em sua morte por depressão cardiorrespiratória.

Além dos já citados, Emicley também foi indiciado por auxiliar na ocultação de provas durante as buscas em uma das clínicas veterinárias. A Polícia Civil solicita a conversão da prisão temporária de Bruno Rodrigues em preventiva, devido às evidências encontradas em seu celular que indicam seu papel ativo na gestão da seita.

Os envolvidos enfrentarão a justiça por uma série de crimes graves, incluindo tráfico de drogas, sequestro, cárcere privado e tortura com resultado morte, permanecendo detidos enquanto aguardam julgamento.

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